Framing the digital: materialising new media (31 Jan 2013)

Professor Susan Collins gave a UCL Lunch Hour Lecture about SCEMFA and featured several works by Martin.

How are artists translating or materialising digital works for gallery and physical situations? Professor Collins shows a snapshot of works coming out of the Slade and the Slade Centre for Electronic Media in Fine Art (SCEMFA) over the past decade that explore the material of the digital. This lecture explores a range of groundbreaking perspectives and manifestations.

Several Interruptions

To celebrate 15 years of ground breaking research in electronic media, the Slade Centre for Electronic Media in Fine Art (SCEMFA) will hold a 14 week exhibition, showing new works from eight internationally acclaimed artists: who use emerging practices to explore electronic and digital media, as both a source and material.

Martin John Callanan, 24 – 30 January
Thomson & Craighead, 2 – 13 February
Tim Head, 15 – 20 February
Simon Faithfull, 22 February – 6 March
Brighid Lowe, 8 – 13 March
Melanie Jackson, 15 – 20 March
Susan Collins, 23 March – 17 April

An exhibition that revolves every fortnight between each artist, acting as a showcase for the best of contemporary art in the UK, and highlighting the Slade’s pivotal role in the history, development and current research in the many varied forms of electronic media.

SCEMFA is a research group at the Slade School of Fine Art. SCEMFA opened in 1995 and for the past 15 years has provided the opportunity for leading artists to focus on research into Electronic Media and Fine Art, contributing to debate on a national and international level for events, exhibitions, broadcasts, collaborations and online.

Tuesday – Friday: 10 am – 5pm, Saturday & Sunday: noon – 5pm
North Lodge, University College London, Gower Street, WC1E 6BT

Instituto Sergio Motta, Fórum A&T, Entrevista com Susan Collins

A artista e professora britânica Susan Collins é uma das palestrantes do Fórum Internacional A&T_Perspectivas Críticas em Arte e Tecnologia. Collins é uma das principais artistas da Inglaterra a trabalhar em novas mídias. É diretora do The Slade School of Fine Art, University College, Londres. Seus trabalhos se dão no espaço público, galerias de arte e espaços on-line. Suas obras mais recentes empregam técnicas de transmissão e networking para explorar o papel da ilusão e da crença na construção de interpretações da cultura digital. No dia 3 dezembro, ela apresenta a palestra Perspectivas críticas da produção britânica, onde mostrará as principais tendências da mídia-arte no Reino Unido. Em uma breve entrevista, a artista nos fala de seu trabalho e da relação entre vigilância, tempo e espaço:

Em seus trabalhos mais recentes, você utiliza como forma de construção as técnicas de transmissão, networking e real-time para representar a ilusão e a crença nas tecnologias. Como você interpreta a influência dos meios digitais na relação entre tempo e espaço?

A palavra digital está ligada a uma idéia de conectividade instantânea ou ao “always on”. Uma coisa que venho explorando em meu trabalho é justamente o oposto dessa impressão. Trabalho algo que pode ser descrito como slow time, que tem uma relação conceitual mais próxima ao movimento slow food. Isso significa que o “tempo” se torna um elemento material tangível em sua própria evidência, que se dará pelo processo de transmissão. A compressão dos dados durante a transmissão introduz artefatos próprios. No entanto, o método que desenvolvi, de transmitir um pixel por segundo para construir uma imagem durante o período de 24 horas, também nos oferece uma nova relação visual entre o tempo e o espaço. Um exemplo é o trabalho Glenlandia (2005), onde há a captura da imagem “arco” da Lua, enquanto essa passa pelo céu durante o entardecer. O acontecimento das mídias locativas (bem como o advento do Google Maps) também alterou nossa relação com o espaço pelo uso do GPS, como no caso do artista britânico Martin John Callanan, que em seu trabalho Location of I (2007-09), pedia ao público que o localizasse em qualquer lugar do mundo dentro de um espaço de 1m.

Seus trabalhos também exploram indiretamente a questão da vigilância na cultura digital. Como você analisa essa tendência cada vez mais crescente de uma vigilância dentro da cultura digital e sua relação com as artes?

Vigiar ou observar é algo central para mim dentro de minha produção artística. Isso é algo que tanto as ciências quanto as artes têm em comum: revelar as verdades ou modos de ver através da observação ou escrutínio. Há alguns anos, colaborei com a arquiteta Sarah Wigglesworth no projeto Classroom of the future, uma aula de ciências para crianças do primário. Uma das características fundamentais das aulas era a de usar ferramentas de vigilância, cada vez mais presentes nos mercado, e criar um sistema de observação e registro da natureza e sua evolução no tempo. Vigiar não é novidade para os artistas e nem apareceu com o surgimento das Webcams. Um exemplo é o trabalho Empire (1964), de Andy Warhol, que foi apropriado por Wolfgang Staehle em Empire24/7 (1999)

Como você avalia a altual produção artística britânica? Quais são as características específicas dessa produção?

Como em todo país, há um amplo espectro de práticas que torna difícil generalizar. No entanto, o que distingue a produção britânica da última década em diante é o crescimento do mercado da arte, que levou a uma maior visibilidade para aqueles que trabalham com formas menos comerciais de produção artística. Em termos de artistas trabalhando com novas mídias, existem aqueles que estão satisfeitos ao trabalhar em ambientes de pesquisas mais experimentais e especializados (há um crescente interesse por projetos em sci-arts); ao mesmo tempo, os artistas pertencentes ao mainstream passaram a incorporar as tecnologias emergentes do cotidiano, o que resultou em um ambiente mais eclético e menos mediumspecific. Minha apresentação Perspectivas críticas da produção britânica, durante o Fórum Internacional Arte e Tecnologia, será voltada para estes trabalhos que incorporaram o digital ou encontraram novas maneiras de materializar o digital para galerias ou espaços físicos. Isso será exemplificado tanto no trabalho de artistas consolidados nas novas mídias como naqueles que não se vêem trabalhando explicitamente dentro do domínio digital.

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